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Foto rara de Allan Kardec |
Arautos de eventos espíritas!! Modelem-se nas proezas da
RAE-TV (Jorge Hessen)
Jorge Hessen
jorgehessen@gmail.com
O
Cristo jamais arrecadou dinheiro (vil metal) por difundir seus mandamentos e muito
menos por seus acolhimentos à massa padecente. Inversamente, condenou quem
assim procedia. Chico contava nas tradicionalíssimas rodas de amigos que jamais
participaria de “eventos espíritas” onde as pessoas precisassem pagar para vê-lo
e confessava que daria o que tivesse no bolso para se retirar desses lugares.
A
estipulação de valores de taxas para ingressos em eventos espíritas como palestras,
encontros e seminários, sob qualquer forma ou desculpa “esfarrapada”, é excludente
e infame, pois restringe os ensinamentos espíritas a quem pode pagar. Isso é
uma deslealdade aos Espíritos, a Kardec e a Jesus.
É
inadmissível desviarmos o Movimento Espírita, caindo nas mesmas esparrelas
sofridas pelo Cristianismo romano (ocidental) e Cristianismo ortodoxo
(oriental), que vagarosa e sorrateiramente
se tornaram religião institucionalizada,
rigidamente hierarquizadas. Tais igrejas valeram-se dos valores monetários que foram
transferidos da contribuição espontânea para “assistência aos mais necessitados”,
fixando-se taxas pecuniárias (dízimos) camufladas sob vários pretextos, conduzidas
para custeamento do profissionalismo religioso e para construção de suntuosas
catedrais , além, é óbvio, pela acumulação de fortunas.
Quando
analisamos as proezas da RAE-TV Rede
Amigo Espírita para difusão do Espiritismo gratuitamente (para o planeta)
fico ponderando que a atual liderança precisa instruir-se com o confrade
sonhador (pé no chão) José Aparecido e
sua equipe. O que realiza na propaganda espírita é de flamejar os nossos olhos
de exultação!
Os
contextos justificadores provindos das badaladas lideranças espíritas são sucessivamente
as mesmíssimas. Argumentam que as casas espíritas não têm recursos financeiros
suficientes para arcar com os custos com viagem de expositores, aluguel de auditório,
material de trabalho. Daí, justificam, a necessidade da cobrança de taxa de
inscrição. Ora se não têm recursos, por que não se valem dos recursos das redes
sociais e façam iguais a RAE-TV (difusão
doutrinária gratuita) ?
Reconhecemos
que alguns EVENTÕES determinam ampla
circulação do “vil metal”, todavia, entendemos que há outros modos, que não
sejam o de obrigatória exigência de taxa de inscrição para ingresso (a exemplo
dos eventos realizados pela Federação Espírita do Paraná que sempre são gratuitos.
Obviamente são processos mais árduos, contudo são mais leais aos propósitos
espíritas de estar ao alcance de todos e atuar sempre ao lado do povo e não de
alguns endinheirados.
Destarte,
estaria se evitando abjeta discriminação de participantes com base no poderio
financeiro. Imaginemos como permanece psicologicamente a situação de um espirita
desempregado , que sobrevive de “bicos”, “biscates” (serviços eventuais) cuja família
atuante do movimento espírita, não tivesse recursos para pagamento da taxa? Que
vergonha!!
Há
os que ajustam o discurso para arrazoar sobre as contribuições espontâneas
(rateio) com os que podem bancar a empreita. Todavia, sempre haverá os que ajuízam que que não dará certo,
porque culturalmente os espíritas endinheirados não estão habituados a
contribuir espontaneamente.
Mas
fica só entre nós aqui, se medidas como essas, ou seja, contribuições
espontâneas (rateio entre os que podem) não funcionar é porque o grupo
espírita ainda não está preparado moral e espiritualmente para iniciativas
mais arriscadas.
Para
rematar, reproduzo a frase que já proclamei por mais de cem vezes: Em verdade, de duas, uma! Ou o Espiritismo
chega à massa, especialmente aos “filhos do Calvário”, aos deserdados, para levar
sua mensagem, ou submergirá no fosso profundo da hipocrisia e perderá legitimidade
anunciar o Evangelho através da Codificação.
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