MENU

  • LEITORES
  • domingo, 29 de dezembro de 2013

    FORA DA GRATUIDADE NÃO HÁ ABSOLVIÇÃO (Jorge Hessen)

    Jorge Hessen
    http://aluznamente.com.br

    Analisemos o princípio contido no capítulo XXVI do Evangelho Segundo o Espiritismo e concluiremos que a regra “Dai de graça o que de graça recebestes” não se circunscreve apenas ao que se produz mediunicamente, todavia igualmente desaprova a mercantilagem , a usura , a agiotagem de qualquer procedência em nome da Codificação Espírita. Por justa razão Jesus recomendou que os intermediários (médiuns) entre o céu (mundo espiritual) e a terra  não poderiam receber dinheiro por essa tarefa. 
    O Criador não vende os benefícios que concede. A mediunidade é conferida gratuitamente por Deus para alívio dos que sofrem e (especificamente nas hostes espíritas) para difusão da Terceira Revelação, não podendo, pois ser empregada comercialmente. Essa reprovação de Jesus do comércio das coisas abençoadas recaiu sobre as permutas de muambas religiosas praticadas pelos vendilhões do Templo de Jerusalém. Ao expulsá-los, o Mestre deu enérgica demonstração de que não se deve comerciar com as coisas espirituais, nem torná-las objeto de especulação ou meio de cobiças.
    Os intérpretes dos Espíritos (médiuns) para instruírem os homens, mostrar-lhes o caminho do bem e conduzi-los à fé não podem apelar para o lucro material. Não devem, pois, vender-lhes as mensagens que não lhes pertencem, pois não são produto da sua lavra, nem de suas pesquisas, nem de seu trabalho pessoal. É diferente do trabalho, por exemplo, do médico, do advogado, do engenheiro, do professor, que oferecem o fruto dos seus estudos, dos seus esforços e até dos seus sacrifícios nos bancos acadêmicos e daí poderem auferirem lucros das suas aptidões, bem longe das hostes espíritas. Já o médium, sobretudo o “curador”, (re)transmite o fluido dos Espíritos e assim não pode vendê-lo sob qualquer contexto, seja onde for , fora ou dentro do ambiente kardeciano.
    O ancestral sacerdote druida da velha Gália anota que o Espiritismo compreendeu o lado sério da mediunidade, lançando o descrédito sobre a exploração e elevando a prática mediúnica à categoria de mandato sublime. Essa questão não se relativiza. O "dai de graça ao que de graça recebemos" não pode ser deformado. A única moeda que o Criador acolhe como câmbio é o amor ao próximo. O Espiritismo deve ser a disseminação da palavra de consolo tal como Jesus nos ensinou, tal como Ele pregava, tal como Kardec esperava, tal como Chico Xavier exemplificou, para todos e ao alcance de todos sempre gratuitamente.
    Ficamos estarrecidos assistir ao sepultamento da simplicidade da Terceira Revelação no jazigo dourado da especulação mercantil das palestras, dos seminários sob os aplausos provindos da população desprovida de raciocínio, das aclamações extravagantes, dos galanteios esplêndidos e delirantes. O Cristianismo primitivo, pela simplicidade dos primeiros núcleos cristãos, foi conquistando integralmente a sociedade de sua época, porém, lamentavelmente, com o esvair dos séculos, desgastou-se ideologicamente. O Evangelho conspurcou-se tragicamente por imposição dos interesses políticos, institucionais e principalmente financeiros, e ultimamente existe os que contam as moedas douradas arrecadadas em nome do Cristo, de mãos unidas com "Mamon". 
    Jesus assegurou que "digno é o trabalhador do seu salário", ora, o médium que exerce sua faculdade segundo o Cristo recomenda, sem interesses materiais ou egoístas, não deixará de receber uma correspondente recompensa espiritual. Todavia, inevitavelmente o médium mercenário atrairá para si os espíritos levianos, pseudo-sábios, malévolos.
    O Espiritismo não assenta com interesses comerciais, e a divulgação das mensagens do mundo espiritual não pode ser objeto de lucro financeiro, apenas moral. Notamos com bastante inquietação que setores influentes  do movimento espírita vem transformando-se em censurável balcão de negócio. Ressalvando-se as preciosas exceções e sem generalizar, percebe-se decidida argúcia, especificamente no trato comercial de livros espíritas de autores encarnados e desencarnados, de  CDs e DVDs, refletindo em boa dose a pretensão da compulsiva ganância, mormente quando são encarecidos os preços dos livros doutrinários.  
    Do exposto indagamos: será justo transformar um templo espírita em uma espécie de  agência mercantil? Em uma espécie de núcleo financeiro lucrativo? Será que os Benfeitores Espirituais consentem tal procedimento? Foi isso o que nos ensinou Kardec? Óbvio que não! 
    Viver o Evangelho, Sim! Ganhar dinheiro à custa da mensagem espírita, Nunca! 
    A Terceira Revelação veio para todas as pessoas. É forçoso que a exercitemos democraticamente junto aos deserdados material e intelectualmente. Caso contrário, no futuro, os centros espíritas serão transformados em estabelecimentos mercantis (visando lucros materiais), ou em espaço restrito aos notáveis abastados, sublevando-se o Evangelho do Cristo que somente será pregado para os que possuam saborosos cartões de crédito e ou débito e obviamente laureadas por títulos acadêmicos. 
    Entre os moldes atuais para a melhor difusão espírita cremos que é importante uma  revisão das estratégias e costumes mercantilistas, a fim de que a mensagem  do Espiritismo alcance todas as faixas sociais. Destarte, o acolhimento dos simples [espíritas desempregados, iletrados, pobres] no ambiente das reuniões espíritas é tarefa de primordial importância nos tempo em que vivemos. A divulgação doutrinária deve  ter como parâmetros o que é simples e viável para todas os centros espíritas mormente os de periferia. Lembremos que “as raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas Jesus não teve onde reclinar a cabeça.”, segundo narra Mateus no oitavo capítulo,  versículo vinte.
    Não vão nossos lembretes destinados àqueles que revertem a mensagem espírita em prol das comprovadas obras filantrópicas (creches, asilos, hospitais etc...),  contudo  para os especuladores, os vendilhões ambiciosos. 

    sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

    O ESPÍRITO E O CÉREBRO SE DISTINGUEM SEM GRILHETAS MATERIALISTAS (Jorge Hessen)


    Jorge Hessen
    http//aluznamente.com.br

    James Fallon, neurocientista, professor de psiquiatria e comportamento humano da Universidade da Califórnia, passou anos pesquisando o cérebro de potenciais homicidas. Aos 58 anos de vida acreditava ser uma pessoa “normal”, tendo com referência a família equilibrada e intensa atividade acadêmica. Certa tarde de outubro de 2005, vasculhando exames de pessoas que sofrem desordens psiquiátricas graves, através das imagens cerebrais de assassinos misturados com esquizofrênicos, depressivos e outros cérebros “normais” teve uma singular surpresa. Na análise dos exames se deparou com determinada imagem que revelava o cérebro de um psicopata, todavia identificou que era o seu exame. Surpreendeu-se, afinal foi uma revelação chocante e começou a questionar a própria identidade. (1) Fallon descobriu que o seu cérebro apresenta “inativa” uma área ligada à conduta ética e à tomada de decisão. Observou igualmente que possui genes vinculados à violência. 
    Sob o guante das surpreendentes descobertas, publicou um livro intitulado “O psicopata no interior”, na obra esquadrinha alguns argumentos sobre as causas de um homem feliz no casamento e na profissão pode ser um psicopata com as mesmas características genéticas de um serial killer. (2) É difícil determinar precisamente o que faz de uma pessoa um psicopata. Na verdade, a anormalidade mental tem uma variedade de sintomas que nem sequer aparecem no manual de diagnóstico de transtornos mentais. James Fallon acredita que, graças em grande parte à sua educação e apoio de sua família, tem sido capaz de canalizar suas tendências psicóticas. 
    Para os Espíritos a nossa “mente é o campo da nossa consciência desperta, na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite operar”.(3) Destarte , “a mente transmite ao carro físico, a que se ajusta durante a encarnação, todos os seus estados felizes ou infelizes.” (4) Notamos no neurocientista da Califórnia, que a plenitude do Espírito (estado mental), embora possa ser influenciado pelo universo cerebral, mantém  preponderância sobre a “massa cinzenta”. Não fosse assim, seria ele, Fallon,  um fantoche  do mundo encefálico. 
    Para André Luiz, o cérebro é o ninho da mente.  O cérebro é o veículo da inteligência no mundo carnal, por isso, muitos neurologistas fazem da personalidade um atributo do cérebro, porém sabemos que “a inteligência [individualidade] é um atributo essencial do Espírito”.(5) Kardec, explanando a questão 368, diz o seguinte: “pode-se comparar a ação que a matéria grosseira exerce sobre o Espírito a de um charco lodoso sobre um corpo nele mergulhado, ao qual tira a liberdade dos movimentos.”(6)
    Atualmente há diferença essencial entre a neurociência acadêmica e a neurociência Espírita. Enquanto a primeira entroniza no cérebro o quartel-general da personalidade, a segunda faz da estrutura encefálica apenas mais um dos vários órgãos de manifestação do Espírito. Em que pese as limitações das capacidades do Espírito após a sua união com o corpo, por causa da densidade material, o corpo carnal não é mais que o invólucro do Espírito e este ao se unir ao corpo, conserva os atributos  espirituais. Sem dúvida que o corpo físico é um obstáculo à livre manifestação das faculdades do Espírito, como um vidro opaco se opõe à livre emissão da luz.
    Os órgãos são os instrumentos da manifestação das capacidades do Espírito. Essa manifestação está submissa ao desenvolvimento e ao grau de apuro dos atinentes órgãos. O Espírito tem sempre as aptidões que lhe são inerentes e não são os órgãos que lhe dão as capacidades, mas são as faculdades que impelem o desenvolvimento dos órgãos. Deste modo, a distinção das aptidões entre os homens dimana do estágio do Espírito. As qualidades do reencarnado, que pode ser mais ou menos adiantado, constituem o princípio, mas, obviamente “é necessário ter em conta a relativa influência da matéria, que pode limitar mais ou menos o exercício dessas faculdades.” (7)
    Sobre a questão do cérebro humano, o Espiritismo e a neurociência devem se complementar, pois, as leis do mundo espiritual e as leis do mundo físico são expressões de uma realidade comum. A neurociência precisa do Espiritismo, tanto quanto o Espiritismo encontra apoio na naeurociência; isolados, no estudo do cérebro não chegarão a um resultado final e se submergirão no labirinto de hipóteses arriscadas. Lembrando, contudo, que o Espiritismo marcha ao lado da ciência, mas não se detém onde a ciência tem seus limites.
    Inaceitável é  a ciência materialista insistir em  algemar o Espírito no cérebro, como se ele fosse um cativo, para ser fartamente dissecado, a fim de ser comprovado que o cérebro é o agente integral da personalidade. Ora, em verdade o Espírito continuamente tem se esquivado incólume desse reducionismo materialista. No século XIX, Kardec, conhecedor das teses de Franz Josef Gall, médico alemão, teórico da frenologia , (8) indagou aos Espíritos o seguinte: “da influência dos órgãos se pode inferir a existência de uma relação entre o desenvolvimento dos do cérebro e o das faculdades morais e intelectuais?” A  resposta dos Mentores Espirituais é fulgente : “Não confundais o efeito com a causa. O Espírito dispõe sempre das faculdades que lhe são próprias. Ora, não são os órgãos que dão as faculdades, e sim estas que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos.”(9)
    Das relações existentes entre o desenvolvimento do cérebro e a manifestação de certas faculdades, concluíram alguns estudiosos materialistas que os órgãos do cérebro são a própria fonte das faculdades, ideia que tende para a negação do princípio inteligente estranho à matéria. Consequentemente, faz do homem uma máquina sem livre arbítrio e sem responsabilidade por seus atos, pois sempre poderia atribuir os seus erros à sua organização e seria injustiça puni-lo por faltas que não teriam dependido dele. Ficamos, com razão, abalados pelas consequências de semelhante teoria. Até porque, “a psicologia e a psiquiatria, entre os homens, conhecem tanto do Espírito, quanto um botânico, restrito ao movimento em acanhado círculo de observação do solo, que tentasse julgar um continente vasto e inexplorado, por alguns talos de erva, crescidos ao alcance de suas mãos.”(10)
    A Doutrina Espírita esclarece que “os órgãos têm uma influência muito grande sobre a manifestação das faculdades [espirituais]; porém, não as produzem; eis a diferença. Um bom músico com um instrumento ruim não fará boa música, mas isso não o impedirá de ser um bom músico.” (11) O Espírito age sobre a matéria e a matéria reage sobre o Espírito numa certa medida, e o Espírito pode se encontrar, momentaneamente, impressionado pela alteração dos órgãos pelos quais se manifesta e recebe suas impressões materiais”. (12)
    Há outra questão a ser considerada a respeito da influência captáveis cérebro humano. Tais  impressões podem advir de outras mentes de “encarnados e desencarnados que povoam o Planeta, na condição de habitantes dum imenso palácio de vários andares, em posições diversas, produzindo pensamentos múltiplos que se combinam, que se repelem ou que se neutralizam. Correspondem-se as ideias, segundo o tipo em que se expressam, projetando raios de força que alimentam ou deprimem, sublimam ou arruínam, integram ou desintegram, arrojados sutilmente do campo das causas para a região dos efeitos. (13)
    Avaliando essas variáveis , é certo que o Espiritismo e a neurociência, no futuro, poderão se entender não se contradizendo, todavia unidas, marchando conectadas, procurando todos os expedientes disponíveis no sentido compreender mais profundamente o homem. Caso contrário, a neurociência flutuará em um mar de equívoco, enquanto conceber que o Espirito está amarrado, unicamente, no universo  cerebral. Carece, pois, os estudiosos distinguirem as causas físicas das causas espirituais nos fenômenos psicológicos, a fim de  poder melhor explicar o enigma da função do cérebro humano.



    Referências Bibliográficas:
    (1) Na época, James Fallon também estava envolvido em um estudo de Alzheimer e havia feito exames de seu próprio cérebro e de familiares.
    (2) É um tipo de criminoso de perfil psicopatológico que comete crimes com uma certa frequência, geralmente seguindo um modus operandi.  Muitos dos que foram capturados aparentavam ser cidadãos respeitáveis - atraentes, bem sucedidos, membros ativos da comunidade. Geralmente os serial killers demonstram três comportamentos durante a infância, conhecidos como a Tríade MacDonald (Urinam na cama -Enurese noturna, Obsessão por incêndios -Piromania, Crueldade para com os animais).
    (3) Xavier, Francisco Cândido. Pensamento e Vida, ditado pelo espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB, 4ª edição, 1975.
    (4) _______, Francisco Cândido e Vieira Waldo. Evolução em Dois Mundos, Ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed. FEB 2003
    (5) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Questão 24, Ed. FEB, 1999
    (6) Idem questão 368
    (7) Idem  questões de 367 
    (8) Princípio  que alega  cada função mental a uma zona do cérebro, sustentando que a própria forma do crânio indica o estado das diferentes faculdades mentais.
    (9) _______, Allan. O Livro dos Espíritos, questão 370, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1999-
    (10) Xavier, Francisco Cândido. Roteiro, ditado pelo Espírito Emmanuel, cap.  25 - Ante a vida mental, RJ: Ed. FEB, 1972
    (11) ______, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, questão 372
    (12) Idem questão 375
    (13) ______, Francisco Cândido. Roteiro, ditado pelo Espírito Emmanuel, cap.  25 - Ante a vida mental, RJ: Ed. FEB, 1972

    segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

    A ÁFRICA ANTE A CULTURA DA VIOLÊNCIA SEXUAL

    Jorge Hessen
    http://aluznamente.com.br

    Relatório da American Public Health Association, de 2011, recém-divulgado, registra que ocorreram mais de 400 mil casos de violência sexual na República Democrática do Congo contra mulheres com idades de entre 15 e 49 anos. Em 2012, os centros de saúde em Kivu do Sul, uma das 11 províncias daquele país, registraram o atendimento diário de pelo menos 40 mulheres vítimas de estupro, segundo relatório do Office of the United Nations High Commissioner for Human. Destas, um terço era de crianças, das quais 13% menores de 10 anos.
    Nesse funesto panorama, cerca de 10% das mortes de mulheres no Congo é consequência de abortos ilegais (a maioria por vítimas de violência sexual). Os bebês que nasceram foram ou abandonados ou excluídos do convívio social ou até assassinados. Em face de provável componente étnico do conflito na região, os filhos de violência sexual se tornam automaticamente um "interahamwe" – referência à milícia hutu responsável pelo genocídio de tutsis em Ruanda, que se refugiou nas matas do vizinho Congo após o massacre.
    Existem distintas pesquisas revelando que 24% dos homens e 39% das mulheres foram vítimas de estupro noutros países africanos nesses últimos anos. Infelizmente, não somente no Congo ocorre a violência sexual, mas igualmente na África do Sul, hoje considerada a “capital do estupro” do mundo. Uma menina nascida no país que Nelson Mandela redesenhou tem mais chances de ser abusada sexualmente do que aprender o alfabeto e ler. Esta questão tem muitas origens culturais, pois que 62% dos meninos com mais de 11 anos creem que forçar alguém a cópula não é um ato de violência.
    Abolir a primitiva cultura da violência sexual demanda um governo arrojado e atuações direcionadas para acarretar transformações morais para alguns grupos africanos. As implicações das atrocidades no continente como observamos, dentre outras, são os abortamentos ou filhos rejeitados ou trucidados após a gestação. Nesses casos, sob o enfoque do Evangelho, considerando especificamente a cultura espírita, não há como acobertarmos o aborto, ou o abandono do rebento, em que pesem as variáveis na aplicação da Lei Divina, mormente em face do panorama calamitoso entre seres em escala evolutiva confessadamente primitiva.
    É difícil divisar como são exatamente os cenários de crise que vivem e viveram esses países africanos após amargarem anos sob os guantes da guerra e segregação racial. O que sobra dos valores construídos por um povo? Um espaço delimitado por fronteiras cuja cultura foi depauperada, e onde aqueles que largaram as armas se portam agora como algozes que molestam homens e mulheres a esmo e subjugam qualquer um a seu bel prazer. Mas que prazer é esse? Como explicar o comportamento animalesco que assumem esses estupradores? Aliás, de Angola também se noticiaram outras tantas barbaridades sexuais contra as mulheres.
    Podemos inferir que esses irmãos africanos incorreram no mesmo erro de antanho, e que talvez tenham se proposto a reparar através da reencarnação na região. Parece que o caos africano instiga os espíritos a cair no mal, quem sabe por indução maléfica de outros desencarnados que se alimentam dessa situação de terror. Obviamente os “milicianos” que trucidam os homens inimigos e violentam sexualmente as mulheres são espíritos em escala evolutiva muito primária. São seres muito próximos da irracionalidade.
    Naturalmente não podemos, perante tais flagelos, permanecer em estado de inércia compassiva, sob impulsos de petrificação emocional; até porque somos todos oriundos de um mesmo Senhor e a humanidade na Terra é constituída pela soma de todos nós.
    Inobstante os contrastes da vida social, considerando os mosaicos das culturas humanas, Jesus permanece na administração do Planeta. Há uma ordem nas coisas e não jazemos desamparados pelos prepostos do Mestre, que escoltam cada episódio e ajeitam o ensejo de correção para os que cometem infrações e o acolhimento das que padecem da estupidez dos perversos no curso da prova terrena.